Olhos



Os olhos são uma verdadeira extensão do cérebro. Um órgão que a maioria dos animais possuem para captarem dados do ambiente ao seu redor, e transformá-los em impulsos que ficarão a cargo do cérebro computar. Quando o animal possui cabeça, é de vital importância que os olhos se situem nesta região corporal, assim, a distância em que os impulsos citados percorrem serão menores, juntamente com o tempo de processamento do cérebro. Este tempo pode significar conseguir avistar um predador e fugir, antes que o animal seja devorado.

Nós humanos não possuímos os "melhores" olhos do reino animal, título que com certeza vai às aves de rapina, que podem focalizar um elemento a vários metros de distância, algo semelhante à um zoom das câmeras digitais. Nos nossos olhos há uma lente, o cristalino, que se altera incessantemente para que possamos tornar a imagem em foco. Como dito, cabe ao cérebro interpretar tal imagem. Porém, caso este receba algo fora do padrão, eventuais distorções serão causadas, neste caso a imagem está perfeita, mas nossa percepção delas não. Segue abaixo três exemplos de ilusão de óptica:



Quando vemos alguém, procuramos primeiramente olhar nos olhos. É uma questão de instinto. Neste caso o padrão de dois olhos foi violado, e não conseguimos fixar o foco na imagem com facilidade.



O formato do nosso cristalino não é plano, e neste caso de imagem, quando mudamos o ponto em que estamos focalizando, a imagem é distorcida. Note que quanto menos você mudar o ponto em que fixa o olhar, menor será a ondulação.



Este é um outro tipo de ilusão. Um problema de interpretação nossa por imaginarmos previamente como é um tabuleiro de xadrez. Nesta imagem o quadrado A possui a mesma cor que o quadrado B. É incrível!


Bem, estas são características de olhos avançados, de seres no topo da árvore da evolução das espécimes. Animais como os insetos por exemplo ao invés de focalizar, buscam detectar apenas luz e movimento com seus olhos. Muitos possuem olhos compostos, onde milhares de lentes são reunidas formando o órgão como um todo, como a mosca-das-frutas abaixo:





Há diversos tipos de olhos. A euglena é um animal unicelular, microoscópico. Ela possui uma espécie de olho no seu interior que é composto por substâncias químicas sensíveis à luz. Assim, a euglena ilustrada abaixo, não consegue ver o que se passa à sua volta, mas sabe diferenciar o claro do escuro, os dias das noites.





Os insetos enxergam facilmente o azul e o ultravioleta(que nós humanos não percebemos). Porém os insetos têm dificuldades em ver o vermelho. Desta forma nós literalmente enxergamos um mundo diferente dos insetos. Estes conseguem enxergar os secretos caminhos da natureza até o néctar, visível somente na faixa do espectro ultravioleta. Abaixo está uma flor recheada com néctar na nossa visão acima e abaixo na visão dos insetos:





Sem dúvida o olho é um órgão sensitivo fundamental à evolução da vida na terra. Apesar de enxergamos uma pequena fração do que está acontecendo no universo ao nosso redor, podemos hoje em dia recorrer aos olhos digitais para nos auxiliarem. Seguem abaixo alguns exemplos de olhos no reino animal para finalizar esta postagem. Espero que tenha sido útil e interessante.



O caracol tem olhos que ficam na ponta de tentáculos, assim quando ele se recolhe dentro de sua concha, ele encolhe também os olhos. Antes de sair, ele apenas coloca-os do lado de fora para ver se é seguro, para então sair com o corpo inteiro.


As libélulas caçam em vôo, possuindo assim ótima pontaria e visão. Mesmo de noite, o tamanho de seus olhos permite a ela enxergar em todas as direções, inclusive para trás e para frente ao mesmo tempo.


A vieira é um molusco que possui pequenos olhos ao longo de toda sua concha. Assim ela observa tudo ao seu redor sem esforço.


As aranhas papa-moscas são extremamente ágeis, seus olhos dianteiros permitem ela focalizar um alvo à 36 centímetros de distância, algo notável para seu tamanho diminuto. Estas são aquelas aranhas pequenas de banheiro, que não tecem teia.


As cores são uma linguagem para os polvos. Por exemplo, se um está com raiva, ele fica vermelho. Assim é de fundamental importância que outros da mesma espécime observem uns aos outros para interpretarem sentimentos. Read More!

De Onde Vem Tudo?

Bem, esta é uma pergunta que astrofísicos já fazem a várias décadas. Farei aqui uma breve compilação de algumas teorias sobre a origem do universo, baseando-me em fontes, como por exemplo o renomado Steven Weinberg.

O Big Bang é o marco zero do nosso universo. Mas mesmo antes de acontecer a grande explosão, é preciso haver algum material, meio e evento para que isto aconteça, como todas as outras explosões que ocorrem dentro deste universo. Outro ponto importante deste fato, é a análise do ocorrido antes, durante e depois.





E = m.c^2, esta é uma importante fórmula para a física moderna e teorias da criação do universo. Proposta por Einstein, ela diz que energia(E) está relacionada com a massa(m). Hoje em dia isto é comprovado pelos aceleradores de partículas, como o LHC do CERN, ilustrado na próxima foto. Estes equipamentos funcionam da seguinte forma:

*Pequenas partículas sub-atômicas são aceleradas utilizando um feixe que se propaga em um campo magnético circular, sem que este feixe entre em atrito com a borda do acelerador.

*Este feixe irá continuar imerso sob um conjunto de partículas em aceleração. Obviamente que estas começarão a colidirem entre si.

*Caso a velocidade destas partículas sejam altas o suficiente para provocarem uma fusão entre elas, o resultado será a criação de uma nova partícula com sua respectiva anti-partícula e liberação de energia.





No universo primitivo antes do Big Bang, o cenário deveria ser algo parecido como o que ocorre nos aceleradores de partícula (inclusive, por isto que um dos objetivos dos cientistas do CERN é gerarem mini simulações do Big Bang). As principais diferenças são:

*As partículas primárias no Big Bang eram os fótons, presentes na radiação das ondas eletromagnéticas, como por exemplo a luz. Estas partículas possuem massa tão pequenas que podem ser consideradas sem tal propriedade. As restantes eram resultado da combinação da colisão de outros tipos de partículas. Assim, talvez o universo primitivo fosse brilhante como descrito na primeira imagem.

*A grande velocidade das partículas em aceleração provavelmente eram causadas pelo grande calor, 6.10^90º Kelvin. Coisa que provavelmente não exista mais no universo, nem mesmo no núcleo de estrelas mais quentes.





O cenário estava montado para o momento da grande explosão, pois vimos que quando hà a unção de duas partículas, o resultado é energia, matéria e sua anti-matéria. Acontece que, como esta relação é dada pela equação de Einstein, o inverso também é possível. Quando uma partícula choca-se com sua respectiva anti-partícula, ambas desintegram-se, liberando radiação e energia. Deveria ter tido uma grande e intensa criação e destruição de partículas no princípio, até que este evento tenha expandido o pré-universo o suficiente para que seu conteúdo começasse a ficar transparente à radiação. Com isto, pode ter ocorrido uma pequena estabilidade na matéria, de tal forma que a mais presente força sobre a matéria no universo tenha se criado: A gravidade. As partículas e antí-partículas se concentraram e buuum, a figura acima ilustra como deve ter sido este momento.

Bem, o que houve depois até os dias atuais agente sabe comprovadamente:

*Primeiramente, é fato que quando explodiu, havia um pouco mais de matéria que anti-matéria no universo primitivo, já que nós(eu, você, seu computador, sua sogra, etc) somos formados por matéria. Provavelmente a anti-matéria tenha se exaurido na grande explosão.

*O Big Bang foi tão forte que nem mesmo a gravidade que tende a atrair os corpos é capaz de reverter o movimento de afastamento contínuo e acelerado entre quaisquer corpos no universo.

Com estas questões elucidadas, sempre vêm novas para nos por a pensar ainda mais. É assim que a humanidade caminha a passos largos para a formulação de grandes teorias que explicam coisas inimagináveis. É realmente fantástico, porém é também ridículo que estes conhecimentos sobre as partículas produzam coisas como a bomba atômica. Nós somos muito inteligentes por um lado e completamente idiotas por outro. Certo, depois desta ponderação vamos às perguntas:

*O universo aparentemente tem um comportamento semelhante à um planeta se formando a partir da poeira da explosão de algum astro. Será que o universo não é o todo? Neste caso seria ele apenas um aglomerado de galáxias dentro de um "megaverso" contendo infinitos universos?

*Se o universo for o todo, será ele finito ou infinito? Caso a primeira seja verdade, provavelmente num futuro ele irá implodir. Na segunda opção ele iria se expandir para sempre, até não haver mais gravidade entre os corpos.

Como dito, são várias questões. Espero estar vivo para ver várias delas sendo respondidas, ou pelo menos, como no caso deste artigo, haja uma teoria dando uma boa explicação com bons argumentos. Read More!