Nomes De Elementos



Desde antigüidade, o homem soube extrair da natureza os elementos necessários para sua evolução. Mesmo que este não tivesse plena consciência sobre o que estaria a manipular, começou a empregar certos tipos de materiais para servir de moeda, outros para fins médicos, adorno, etc... Com o passar do tempo, os nomes para estes materiais foram surgindo, de acordo com algum conceito de seu descobridor, eles foram dados. Hoje em dia o nome dos elementos é muito importante para suas classificações, como observado na tabela periódica acima. Este breve artigo irá abordar alguns nomes dados e o motivo de suas origens.

Na idade média eram 9 elementos conhecidos desde eras remotas, e portanto, possuem nomes derivados do latim:

Ouro, do aurum, "amarelo".
Prata, do argentum, "brilhante".
Estanho, do stannun, "gotejante".
Mercúrio, do hydrargyrum, "água prateada".
Cobre, do cuprum, "Chipre, país onde há grandes quantidades deste".
Chumbo, do plumbum, "pesado".
Ferro, do ferrum.
Enxofre, do sulfur, "inimigo do cobre".
Carbono, do carbon, "carvão".

Muitos anos adiante outros elementos também receberam nomes provenientes do latim, como por exemplo o rádio, do radius, "raio", já que este elemento é radioativo.

Outros nomes vêm do grego:

Hidrogênio, do hydros-gen, "gerador de água".
Oxigênio, do oksys-gen, "gerador de ácidos".
Nitrogênio, do nitron-gen, "gerador de salitre".
Bromo, do bromos, "mau cheiro".
Argônio, do a-ergon, "não reage".

Há outros que também vêm do grego, mas que especialmente referen-se à suas cores:

Cloro, do khloros, "amarelo esverdeado".
Iodo, do iodes, "violeta".
Ródio, do rhodon, "rosa".
Cromo, khroma, "cor", uma vez que os compostos deste metal possuem várias cores.

Outros elementos possuem nomes provenientes de astros celestes:

Hélio - sol.
Telúrio - terra.
Selênio - lua.
Urânio, netúnio e plutônio - urano, netuno e plutão respectivamente.
Cério - ceres, o planeta anão entre marte e júpter.

Também há nomes referindo-se a entidades mitológicas:

Titãnio, os titãs, primeiras pessoas que povoaram a terra.
Tório, do thor, deus nórdico da guerra.
Promécio, de prometeu, personagem da mitologia grega que teria levado o fogo à humanidade.
Cobalto, do kobold, espírito demoníaco alemão que atrapalhava a extração de cobre.

Também houve pessoas que homenagearam lugares ao nomear elementos químicos:

Amerício, califórnio, germânio, frâncio, gálio, polônio, rutênio.

Pessoas também foram homenageadas nas nomeclaturas:

Cúrio, Marie Curie.
Einstênio, Albert Einstein.
Férmio, Enrico Fermi.
Mendelévio, Dmitri Mendeleev.
Nobélio, Alfred Nobel.

Enfim... com isto agente pode ter uma noção de que os nomes não são por acaso aqui na tabela periódica. Muitas das vezes a época em que o elemento foi descoberto levou ao seu nome, no caso dos planetas, à mesma época em que ambos foram descobertos. Espero que esta grande diversidade e criatividade permaneça com os futuros elementos que por ventura serão descobertos. Read More!

The Piper At The Gates Of Dawn

Banda: Pink Floyd
Ano: 1967
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Uma coisa é uma banda produzir um disco e fazer sucesso. Outra coisa é uma banda produzir um disco com algo totalmente diferente à sua época e mudar os rumos do rock para sempre. Este é o caso desta obra prima.

Que não há nenhuma banda semelhante ao Pink Floyd, para mim é evidente. Mas após este disco inúmeras bandas tiveram um toque psicodélico em solos, letras, sons nas músicas... Juntamente com Jimi Hendrix, este disco deixou o rock com uma outra cara, mais distante ao jazz, country, blues e formando novas bandas com estilos próprios. Os anos 70 foram os anos da explosão de grandes bandas e o público por sua vez fazendo movimentos, adotando novos estilos de vida, e tendo um contato cada vez maior com outras culturas. Tudo graças a base de um final de década onde a música através do rádio era um verdadeiro celeiro de grandes artistas, onde surgiram a partir daí Queen, Led Zepplin, Focus, Jethro Tull, etc...

Dada esta relevância história deste disco, vale ressaltar antes de mais nada que o grande mentor do Pink Floyd à época era o guitarrista e também vocalista Sid Barret, o David ainda não estava na banda. Este disco foi gravado em Abbey Road, em uma época em que os Beatles também gravavam lá, e daí surgiu a afirmação destes para este álbum: "O Melhor". Mesmo anos mais tarde os Beatles ainda achavam este álbum uma relíquia.

Bem, quanto ao lado musical do disco, este é impecável. Bem, uma coisa que eu facilmente analiso são as letras, e particularmente, aqui elas estão em perfeita harmonia com o caos que certas músicas lhe remetem. Para começar o disco, logo na primeira música há algumas falas do brilhante cosmólogo Stephen Hawking. O nome da música é Astronomy Domine e no fundo há frequentemente sons com o teclado lembrando beeps de sondas espaciais. Para alguém que possui um mínimo de ouvido musical apurado, é impossível não escutar a faixa Interstellar Overdrive e viajar pelo universo ás vezes sombrio e outras frenéticas que a música transpõe.

Todas a músicas são ótimas, mas Lucifer Sam para mim é especial. Esta faixa une a proposta psicodélica do Floyd com o estilo "dançante" dos anos 60. Algo único para provar que ser psicodélico não é só fazer barulho, como já ví umas entrevistas deles à época, onde jornalistas alfinetavam Waters pelo estilo da banda.

Bom, agora fazendo um paralelo com a atualidade(ihhhh...), noto que as bandas de hoje em um geral só falam sobre amor. É "vou te pegar daqui", "por favor não me abandone", amor, amor, amor.... Parecem a bruxa do 71 recitando poema. Desafio alguma banda ter sequer o cacoete para conseguir falar em uma música algo como "Jupiter and Saturn, Oberon, Miranda and Titania, Neptune, Titan... " ou então "little gnomes stay in their homes Eating, sleeping, drinking their wine". Não tem, não há coragem de fazer algo diferente, algo que transceda nossa imaginação e faça com que a música deixe de ser meramente som e se torne um poema. Aliás, dizem que toda letra de música é um poema. Coitado do Fernando Pessoa, imaginem ele lendo uma letra do Restart e ter que chamar isso de poema.

Bem, muita gente conhece o Pink Floyd pelo The Dark Side Of The Moon, The Wall ou Wish You Were Here, mas recomendo este disco que com certeza está no mesmo nível destes outros citados(para mim, melhor que estes dois últimos). Não conhecer este disco é uma afronta, caso você saia por aí dizendo que é fã de Pink Floyd. :) Read More!

Nevermind

Banda: Nirvana
Ano: 1991
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É bastante difícil para mim comentar este brilhante álbum que marcou minha pessoa e toda a geração que ainda se via a volta de rádios e MTV preocupadas em tocar músicas de qualidade.

Uma coisa é você adquirir um álbum por conhecer 3 ou 4 músicas, ou então por saber que tal músico já fez algo de bom no passado. Definitivamente, na minha opinião, não é o caso de Nevermind. A banda conseguiu o feito de criar um disco onde todas as músicas são acima da média. Eu, particularmente, sei de cor todas as músicas deste disco.

Extrapolando o contexto do disco, o início da década de 90 foi conturbada para a música, pois as grandes bandas remanescentes de eras passadas estavam mudando seu estilo. O emprego de tecnologias digitais e o conceito de produção de música para grandes massas que se enquadravam dentro de um padrão de mercado, alteraram os rumos de quem chegasse à fama. Claro que o novo é sempre questionado, e em muitas vezes pré-conceituado. E em meio a tudo isto, surge uma banda de Seattle totalmente descompromissada com o sucesso.

Apresentando letras simples porém profundas, músicas sem grandes técnicas instrumentais, mas com o carisma de um dos maiores vocalistas de todos os tempos, o Nirvana atingia seu topo ao se esforçar durante meses para apresentar esta obra prima à sua primeira grande gravadora. Não demorou nem um pouco, e a mídia teve de se curvar ao clamor geral e tocar repetidas vezes os hinos Smells Like Teen Spirit, Come As You Are e In Bloom. Esta última para mim é a melhor faixa do álbum, onde Kurt faz uma crítica à músicas vazias(ah se ele estivesse vivo hoje....aí sim ele iria ver), além de Dave soltar o braço nesta música, numa batida de baquetas muito forte que lhe é peculiar. Krist nunca foi um primor de baixista, mas sua simplicidade dá o tom certo para a proposta do nirvana. Se fosse um Geezer Butler na minha opinião atrapalharia.

Outra coisa, para mim o "Grunge" nunca existiu. Tentar enquadrar Alice In Chains e Pearl Jam no mesmo barco do Nirvana para mim é bobagem. Não que estas duas que citei sejam ruins, mas o Nirvana é uma das pouquíssimas bandas com estilo própio, que faz um disco rock & roll como este e logo em seguida lança um disco totalmente lado b. Isto se chama personalidade, coisa que anda faltando por aí em gente que quer é fazer sucesso, e não música com qualidade.

Nevermind já entrou para história como um dos discos que mais venderam no mundo. Além de marcar quem era jovem na época, mostrou ao mundo que mesmo em meio à transições e imposição culturais, um caminho simples e original de se fazer o que realmente interessa: Rock and Roll!!! Dito isto, preciso indicá-lo a vocês? Read More!

Age Of Winters

Banda: The Sword
Ano: 2006
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Este primeiro disco da banda americana The Sword, é ótimo. Com um vocal um pouco distinto de bandas do gênero Stoner, Cronise lembra um pouco Ozzy Osbourne, tanto pela técnica quanto pela própria dicção.

Na minha opinião o melhor deste disco são os rifs de guitarra progredindo ao decorrer das músicas. Utilizando-se basicamente da mesma distorção em todas as músicas, tal progressão acompanhada por uma bateria impecável de Trivett Wingo, pode ser notada principalmente nas músicas Iron Swan, Freya e Lament For The Auroch.

As letras são outro ponto forte deste disco. Fazendo inferência notoriamente a mitologias nórdicas, soa bem com o estilo da banda e o Stoner Metal como um todo. Eu particulamente discordo ferrenhamente de quem fala que o rock acabou. Para mim, o fato da mídia como um todo ter se vendido ao RAP, Sertanejo Universitário e outras desgraças "teens" formadoras de cultura de massa, não quer dizer que tem muita gente boa trabalhando por fora aí. Este disco é recente e prova isto.

Talvez a banda tenha se perdido um pouquinho na previsibilidade de uma ou outra música, como Ebethron, que esbanja rifs repetitivos durante seus cinco minutos e meio. Mas isto não é problema para um disco tão bom como este, aliás, há quem diga que as bandas adoram "inventar" na última faixa de seus álbuns. Outro pontinho técnico que percebi foi a força que o vacalista faz ao tentar usar um vocal mais trash em certas horas, destoando um pouco do clima das músicas.

Guardarei com carinho este disco para o resto da minha vida. Este é um daqueles que dá gosto de escutar por completo, é um bom programa para quando se está em casa realizando outras atividades. Músicas intrumentais para mim são um ponto forte quando a banda consegue aliar os instrumentos de tal forma que o vacal não faça falta. The Sword com este disco conseguiu isto muito bem, além de elevar o Stoner Metal para um novo nível. Disco recomendado para quem gosta de um rock com rifs fortes e uma bateria muito técnica. Read More!

The Dark Side Of The Moon

Banda: Pink Floyd
Ano: 1973
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Como a harmonia de vários instrumentistas com personalidades diferentes pode resultar em uma obra prima como esta? A resposta é simples e ao mesmo tempo única: Uma das maiores(talvez até mesmo a maior, irei argumentar mais a frente) bandas de todos os tempos decidida por adotar um estilo inigualável e falar sobre temas extremamente profundos.

É claro que a geração restart e telettubies de hoje em dia não tem a menor percepção auditiva. Eu fico tentando escutar o som dos instrumentos, em vão nestas músicas de hoje em dia. Às vezes não têm sequer o cuidado de manter a escala dos acordes, mudando de posição ao acaso, como se tivessem aprendido meia dúzia de posições pestanadas e socado uma letra "teen" por cima.

Este disco do Pink Floyd foi uma revolução ao seu tempo. Utilizando-se de diversos efeitos sonoros para acompanhar as músicas, o resultado foi impressionante. Por exemplo, em Time, o som de diversos relógios ao mesmo tempo de forma límpida, onde você consegue escutar qualquer um apenas concentrando ao seu tic-tac. O perfeiro som da pessoa correndo em On The Run também foi um grande feito.

Além destes efeitos, os intrumentos e os vocais são perfeitamente harmoniosos. Na minha opinião, Brain Damage resume bem esta qualidade inigualável, onde Waters canta sobre os lunáticos entrando em campo, seguido pelas vozes de fundo das três moças e Gilmour fazendo bases em ré e pequenos toques na guitarra que deixam, pelo menos em mim, uma sensação de distância, loucura, espaço.

Mas este disco é muito mais que um disco, é uma verdadeira lenda por toda a mística envolta à esta forma de arte. Pra início de conversa este é o 3º disco mais vendido de todos os tempos. Não há como falar um pouco desta obra prima e não se referir ao filme O Mágico de Oz de 1939. Eu vi o filme junto com a trilha. Não que seja uma trilha perfeita, mas há momentos que realmente impressiona, na minha opinião estes momentos foram:

Na hora em que Dorothy está em sua casa sendo levada por um tornado, é a parte de The Great Gig In The Sky, onde Doris canta gritando.

Assim que acaba todo o vendaval e a artista entra no vilarejo de chão dourado, é quando começa Money, realçando mais ainda o espanto da moça.

Quando dá a louca no espantalho e ele dança sem parar começa Brain Damage com sua letra sobre lunáticos.

Enfim, são muitas pequenas coincidências mas estas acima para mim são as mais eviddentes. A banda apenas alega este fato como uma grande coincidência. Por isso o Pink Floyd sempre foi um mistério para mim. Mesmo Beatles, ainda possui algumas bandas que se inspiraram e conseguiram fazer algo na mesma linha musical(Oasis, etc...). Não é o caso do Floyd, que para mim, não há nada sequer parecido. E nunca haverá! Os Beatles ficaram maravilhados com o primeiro disco do Floyd na época de Abbey Road, citando ele como "O Melhor", depois disto a banda que mais influenciou outras bandas foi amplamente influenciada pelo som psicodélico do Pink Floyd(Yellow Submarine, etc...). Por essas e outras o Pink Floyd para mim é a maior banda de todos os tempos, pouquíssimo à frente Beatles, que também eram magníficos.

The Dark Side Of The Moon é um show de progressivo, acordes suaves, psicodelismo moderado e a banda evoluída após algum tempo sem Syd. Disco recomendadíssimo para quem gosta de um rock clássico. Read More!